Com um orçamento de 250 milhões de dólares, Operação Natal traz Dwayne Johnson e Chris Evans sob a direção de Jake Kasdan (Jumanji: Bem-vindo à Selva). 

O filme busca criar um novo universo natalino, onde o Polo Norte é quase uma Wakanda natalina – uma sociedade secreta e tecnologicamente avançada, liderada por um Papai Noel moderno (e super atlético) com criaturas mágicas e tecnologias inovadoras. Isso somado á algumas (muitas) sequencias de perseguição, lutas e explosões e temos o que você imaginaria de The Rock e o Capitão América em um filme de Natal. Me parece que essa abordagem tenta dar á geração jovem-adulto masculina um filme de natal. 

Porém, fica muito claro que o roteiro tenta apostar em uma comédia e esteriótipos que em algum ponto já foram apelativos para jovens adultos presos no ensino médio no meio dos anos 2000, que deixou de funcionar há tempos atrás para o grande público. Isso fica interessante para mim, quando eu penso quão é nichado esse tipo de filme, e mesmo assim recebe um orçamento que aqui no Brasil passa de 1 bilhão de reais. 

É um roteiro que vai agradar um certo tipo de público, e vai ser esculachado pela crítica, porém fica uma dúvida se vai fazer sucesso ou não, pela presença de estrelas gigantescas como o Chris Evans e Dwayne Johnson que é uma das pessoas mais bem pagas de Hollywood. Talvez para os studios e produtores, seja mais vantajosos esse risco. 

Eu sou 100% á favor de filmes só para entretenimento e dar risada, porém, Operação Natal me deixou extremamente confusa, o que já tira esse propósito de ser leve. É tanto acontecendo que a gente quase esquece que é um filme de Natal. Juro que me senti. assistindo algum tipo de simulação, ou alguém decidindo o que queria contar, e mudando de ideia a cada 30 minutos. 

Em meio a tudo isso, se tem um ponto alto é Chris Evans, que, que serve carisma, sendo sem dúvida um dos únicos pontos altos do filme. A antagonista do filme fica na mão de Kiernan Shipka (O Mundo Sombrio de Sabrina), e que erro foi isso. Ela entrega uma atuação que deixa muito a desejar.  Dwayne Johnson continua sendo... o Dwayne Johnson. Carismático, mas sendo o mesmo personagem de sempre em um cenário natalino. JK Simmons, no entanto, é sempre uma das minhas pessoas favoritas de se ver em tela, mesmo como Papai Noel, ele acha um jeito de se encaixar de uma forma única no papel. Por fim, Lucy Liu, me surpreendeu – e não de forma positiva. 

É tanta coisa acontecendo e tanto CGI que acaba sendo cansativo, transformando o que poderia ser uma experiência leve em mistura visual pesada. Enfim, Operação Natal é um daqueles filmes de feriado que entretém, mas não vai agradar todo mundo. 

Para alguns, é uma diversão; para outros, é apenas confusão embrulhada para presente. Operação Natal estreia dia 07 de novembro nos cinemas brasileiros