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BRANCA DE NEVE

No mais novo live-action Branca de Neve, quando a Rainha Má (Gal Gadot) manda matarem sua enteada por inveja de sua beleza, Branca de Neve (Rachel Zegler) foge do reino. Ela percorre a floresta e acha uma casinha onde vivem sete anões amigáveis com quem passa viver. Porém, a moça ainda não está a salvo, já que a bruxa planeja dar um fim a sua vida com uma maçã envenenada. O live-action da Disney vai reimaginar a história do clássico com novas canções originais de Benj Pasek e Justin Paul, compositores responsáveis por La La Land e O Rei do Show.

NOTA: 5/10

Desde o início, Branca de Neve teve muitas polêmicas, especialmente em relação ao elenco. Rachel Zegler, que interpreta a protagonista, recebeu um hate absurdo nas redes sociais, por causa de sua aparência. E aqui já deixo claro: esse não é e nunca foi o problema do filme. Rachel é uma atriz  talentosa, com uma voz absurda e uma presença de tela muito boa. Ela tem aquele brilho natural de protagonista, porém acho que teve algumas questões sobre a escala da atuação na tela grande. Contudo, deixo BEM claro que o problema do filme está bem longe dela.


Fui assistir de cabeça aberta. Tenho consciência de que não sou exatamente o público-alvo, e tentei pensar do público infantil. E nesse ponto, acredito que o filme atinge seu objetivo. Tem animais fofos, músicas agradáveis, cores vibrantes, e elementos que com certeza vão capturar a atenção das crianças. O figurino é colorido e fiel às referências clássicas, e a trilha sonora, apesar de não ser memorável, cumpre bem seu papel. 

Então, se você é pai ou mãe procurando um programa para as crianças, pode levar sem medo, eles provavelmente vão se divertir.


Agora, falando do filme enquanto crítica: ele falha. E falha bastante. A sensação é que os atores estavam completamente fora de sintonia, como se cada um estivesse atuando em um filme diferente. Faltou direção, faltou coesão. 


Eu não tenho como não comentar a performance de Gal Gadot. Um erro de casting total. Não sei o que ela está fazendo nesse filme. Uma das piores atuações que já vi em adaptações da Disney. Simplesmente constrangedor. Não há carisma, não há ameaça, não há profundidade. Uma vilã que deveria dominar a tela acaba sendo apenas uma caricatura vazia.


Outro problema sério é o excesso de CGI. Tudo parece digital demais, sem peso, sem textura. É tudo tão artificial que fica difícil se envolver emocionalmente. Os anões, que deveriam trazer algum carisma à narrativa, são um desastre.  A integração com os atores é estranha e no fim das contas, eles se tornam mais um incômodo do que um charme.


No fim, Branca de Neve é mais uma adaptação que deixa a gente com a pergunta: por quê? Por que revisitar essa história se não há um novo olhar, um novo ponto de vista, uma nova alma? Admito que sim, houve algumas tentativas de levar a trama para caminhos diferentes, com elementos modernos que visam empoderar a personagem principal. Mas mesmo essas mudanças parecem superficiais e mal amarradas.


É frustrante ver um clássico com tanto potencial ser adaptado de forma tão fria e genérica. A Disney precisa repensar suas estratégias de live-action, porque magia de verdade não se faz com CGI e nostalgia.

Marina Barancelli

Diretora, Atriz e Produtora

Março, 2025


ELENCO

Rachel Zegler, Gal Gadot, Andrew Burnap.

ROTEIRO

Greta Gerwig, Erin Cressida Wilson.

PRODUÇÃO 

Marc Platt.

DIREÇÃO

Marc Webb.

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